terça-feira, 24 de maio de 2011

a menina, que de vez em quando, não entende porque o sol nasce de novo. Ou o motivo da chuva resolver cair de repente, como se fosse mágica... porque, apesar de acreditar em mágica e se espantar com as coisas que acontecem sem ser planejadas, às vezes ela perde o sentido do encanto da vida e se curva sobre uma bengala, sentindo o peso irreversível do passar dos segundos... não entende porque o céu é azul, ou porque o mar resolveu lhe dar um presente inesperado. Não entende os vários sorrisos falsos nos rostos das pessoas, quando realmente, dentro de si, estão derramando lagrimas e lagrimas, nem a espantosa perda da paciência de alguns em um único instante. É claro que, normalmente, ela é cheia de explicações... que nem todos entendem. Mas, normalmente, ela desvenda a si mesma e, com isso,desvenda o mundo inteiro e suasseqüências paralelas e suas infinitas nuances de cores. O problema é quando ela para de entender o mundo. Aí, ela mesma para, e fica pensando que o mundo nunca a entendeu... Ela não precisa de relógios, pois não contam o tempo. Principalmente, não entende palavras como amanhã, ontem, um dia, depois... Tudo que não está no presente não existe para ela, e nunca vai existir. Às vezes,se importa com o futuro, mas o presente sempre prevalece, sempre. as vezes ela sofre com isso, mas na maior parte do tempo vive da alegria de viver intensamente o agora. O futuro, ela inventa. O passado ela esquece. e como se não bastasse pode brincar de colorir o seu mundo, escrever sua própria historia,deixando o passado em páginas antigas, apagadas, enquanto os adultos se repreendem e tentam reescrever histórias, experiencias, que jamais voltarão.

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